Quando batizados, os muçulmanos de Irã, Síria ou Afeganistão têm atrás de si uma odisseia de intolerância, opressão, violência ou guerra civil. Com a conversão ao cristianismo, eles dão um ponto final às suas biografias anteriores, nas quais a religião era mais um motivo de conflito do que do encontro da paz.
A Igreja da Trindade, evangélica luterana, não é a única da Alemanha que registra um movimento contra a corrente. Em todo o país, milhares de muçulmanos converteram-se ao cristianismo nos últimos anos. Segundo Gottfried Martens, de 52 anos, quanto maior é o debate sobre o fundamentalismo e o jihadismo na mídia, maior é também o interesse de jovens muçulmanos pelas religiões cristãs.
Mas o fundamentalismo religioso nos países de origem é também um fator importante na decisão da conversão. Somaye, uma iraniana convertida ao cristianismo, afirma que resolveu deixar de ser muçulmana no dia em que começou a ser perseguida pela polícia religiosa do seu país.
— Eu estava fora de casa quando fui informada por amigos que a minha casa tinha sido vasculhada pela polícia religiosa, que encontrou no meu quarto uma Bíblia, um delito grave para um muçulmano no Irã — revela a iraniana de 29 anos.
Uma conversão ao cristianismo só é possível no exílio. Países como o Irã, que têm uma polícia religiosa com poderes ainda maiores do que a Justiça comum, classificam a conversão como um crime tão grave que deve ser punido com a pena de morte.
Para evitar a perseguição no exílio, a igreja alemã mantém sigilo sobre os convertidos, embora o batismo, que é a coroação do processo de conversão, seja aberto ao público.
Como não consegue mais atender à demanda de todos os interessados, o pastor Martens, que batizou 350 muçulmanos no ano passado, pediu ajuda de comunidades vizinhas, que passaram a abrir mais espaço para receber os novos cristãos.
Cada um tem uma história diferente para contar, mas há um elemento em comum: uma situação de conflito extremo. O iraniano Elia Hosseini, de 20 anos, sofreu na adolescência uma opressão dupla — da polícia religiosa e do próprio pai, um muçulmano fundamentalista que teria tentado assassinar o filho por não tolerar os contatos que este tinha com cristãos.
— Ser cristão significa para mim ter a sensação da mais profunda liberdade — diz o iraniano, que todo domingo frequenta a igreja de Steglitz.
Talvez influenciado pela própria experiência, Hosseini diz que o cristianismo é a religião da alegria...
Com informações do Extra OnlineFoto: Reprodução
"Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou O CAMINHO, e a VERDADE e a VIDA; ninguém vem ao Pai, SENÃO FOR POR MIM." João 14:5-6
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